Romantismo - O que é e como surgiu

Romantismo - O que é e como surgiu
Imagem: eugenedelacroix.org (Delacroix, 1830)

O Romantismo foi um dos movimentos artísticos que ocorreram durante a história da arte. Este, não teve o seu destino limitado a um país ou continente, embora tenha surgido na Europa (por volta de 1800) também teve grande influência no continente sul americano. Como principais características ele tem a individualidade, ao destacar a persona, sensibilidade e emoção para com os valores interiores.

As primeiras áreas atingidas pelo Romantismo foram a literatura e filosofia e só então veio a expressar-se nas artes plásticas, arquitetura e música. Na literatura romântica os temas variam de épicos a líricos, teatros e romances, como movimento vanguardista (que representa a modernidade) e teve grande repercussão e apoio popular da sociedade atual. Já as artes plásticas desempenharam um papel menos de vanguarda e mais individualista. Neste artigo, umComo fala um pouco sobre o Romantismo, o que é e como surgiu.

Contexto histórico do Romantismo

A arte do movimento romântico se opunha ao racionalismo do Realismo na época da Revolução Francesa principalmente por que o Romantismo possui um ideal, é uma arte idealista que visa a elevação dos sentimentos acima do pensamento ou da realidade natural em si, como antítese do Realismo. Curiosamente, não se pode criar uma estética propriamente romantista uma vez que os seus artistas não se distanciavam completamente dos estudos acadêmicos, possibilitando a existência de uma homogeneidade contextual entre os artistas românticos.

A confecção das obras românticas reforça o individualismo à medida em que se baseia na subjetividade, esta, que se baseia em modelos que vão de dramas amorosos até lendas heroicas, valorizando o conceito de pátria e república - que conhecemos por nacionalismo.

Por estes e outros motivos, o Romantismo, como modelo ideal, emocional e romântico foi uma ferramenta de grande eficácia para unir, atrair e entreter as pessoas, uma vez que é através do emocional que elas se unem. Desta forma os artistas, estivessem eles participando ou não dos movimentos sociais da época, criavam uma arte muito útil para partidos políticos e movimentos sociais, estes, que precisavam de ideais para unir e dar um rumo para as lutas trabalhistas. Fazendo uso da subjetividade para unir, poder-se-ia utilizar a objetividade para direcionar.

Imagem: rj.quebarato.com.br

Características e precursores do Romantismo

Procurava-se na arte o conteúdo acima dos valores artísticos (técnicos), os efeitos emotivos. Novamente usando a Revolução Francesa para explicar o Romantismo: os seus revezes servem como inspiração; nos problemas se encontram a fonte da criatividade romântica, que se torna uma arte dramática. Entre Delacroix e Goya pode ser dito que o segundo manifestava uma tendência mais política do Romantismo.

Nos quadros, as cores e traços se libertam, são vistos de uma forma forte e distinta do conteúdo da obra. A paisagem, assim como no Realismo, possui grande importância mas não como cenário de composição e sim como complemento do(s) personagem(s). Dissertando um pouco sobre a paisagem no quadro romântico, poder-se-há chegar à conclusão de que - mesmo com as dificuldades de definir as características do Romantismo - ele possui um papel fundamental, assim como o personagem; a paisagem fica com o papel sentimental, explora o lado sensível do amor pela natureza e o personagem representa o pintor ou expectador, reflete o seu estado de espírito para com a imagem, que nem sempre é nítida.

O Romantismo foi muito forte na Espanha e na França, produzindo uma cultura de grande força narrativa, às vezes, fazendo uso de um cromatismo que caminha de dramático a tenebroso. Com alguns quadros de matança, mais à frente na história, se deram as primeiras impressões do que poderia vir a ser o movimento artístico Impressionista.

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Imagem: ibiblio.org (Goya)

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